Governo libera R$ 140 milhões para atuação das Forças Armadas em Terras Indígenas

O presidente Lula (PT) realizou a edição de uma Medida Provisória (MP) para liberar R$ 140,2 milhões para a participação das Forças Armadas em apoio às ações emergenciais em Terras Indígenas. 

A Medida Provisória (MP) editada pelo governo foi publicada em edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (2).

O presidente abriu uma linha de crédito extraordinário em favor do Ministério da Defesa, para redirecionamento de recursos adicionais aos militares que atuarão em Terras Indígenas.

Tratando-se de uma MP, o texto deverá ser analisado pelo Congresso Nacional.

Desde o início do ano, agentes federais estão fazendo operações na tentativa de combate a crimes ambientais e retirar invasores de reservas indígenas.

No que diz respeito às Terras Indígenas Yanomami, por exemplo, membros das Forças Armadas estão participando de operações contínuas na região desde o mês de fevereiro.

No mês de junho, o vice-presidente Geraldo Alckmin assinou um decreto autorizando que os militares atuem diretamente na repressão de crimes ambientais.

Esse decreto autoriza o patrulhamento, revistas e até prisões em flagrante de pessoas praticando crimes de natureza ambiental.

Anteriormente, as Forças Armadas estavam desempenhando apenas um papel de apoio logístico a outros órgãos do governo, como a Força Nacional de Segurança Pública.

No caso da Terra Yanomami, o Ministério da Defesa mobilizou um efetivo de mais de mil militares para a retirada de garimpeiros que realizavam exploração de várias naturezas.   

As Forças Armadas também auxiliam na distribuição de cestas básicas e garantia de atendimentos médicos em Terras Indígenas.

Garimpeiros fazem ataques às Forças Armadas na Terra Indígena Yanomami

Garimpeiros ilegais realizaram ataques à militares das Forças Armadas a tiros na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, na quinta-feira (27), durante uma operação de desintrusão. 

O ataque ocorreu em Waikás, na região do Uraricoera, uma das mais impactadas pelo garimpo ilegal no território e foi informado pela assessoria da operação Ágata Fronteira Norte, das Forças Armadas. 

Os militares realizavam um patrulhamento a pé pela região quando encontraram um garimpo onde foram recebidos a tiros.

Com isso, eles revidaram e os garimpeiros envolvidos fugiram para a mata. Ninguém foi preso.

No local do garimpo foram apreendidos uma antena de internet, um celular e mercúrio, um metal usado por garimpeiros para separar o ouro de outros sedimentos. 

Foram destruídos dois barracões, um motor gerador de energia, um freezer, um fogão e um botijão de gás utilizados pelos invasores.